domingo, 10 de abril de 2011

Claricianemente estou a pensar...

Hoje me sentir muito só,,,e não consigo compreender a solidão como algo secundário em nossas vidas, as vezes precisamos nos sentir mesmo sós, porque quando estamos sós sentimos-nos mais pertos daquilo que nos acolhe e nos assombra o nosso "eu", nossas essências, e como Clarice propôs nesses versos, ela não mentiu:

"...Que minha solidão me sirva de companhia.
que eu tenha a coragem de me enfrentar.
que eu saiba ficar com o nada
e mesmo assim me sentir
como se estivesse plena de tudo.."

"Minha força está na solidão. Não tenho medo nem de chuvas tempestivas nem de grandes ventanias soltas, pois eu também sou o escuro da noite."

Mais uma forma Clariciana de pensar...

"Saudade é um pouco como fome. Só passa quando se come a presença. Mas às vezes a saudade é tão profunda que a presença é pouco: quer-se absorver a outra pessoa toda. Essa vontade de um ser o outro para uma unificação inteira é um dos sentimentos mais urgentes que se tem na vida."

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Paradoxalmente conseguir ouvir o silêncio...

Em algum momento da sua vida você já parou para ouvir o silêncio?
Esse paradoxo perturba os pensamentos, e a rigor, manifesta no palno das interpretações, dúvidas.
Aprendi com o tempo que o silêncio pode ser visto como algo abstratamente concreto. Assim, proponho uma transgressão radical quanto a visão singular que se tem deste, através de um processo dinâmico que inverte estrategicamente o silêncio, através de um barulho ensurdecedor.
Diante disso, imagine, pois, a sua rotina: casa, trabalho, faculdade, filho, família e você submerso num mundo de correria onde você perverte seu silêncio impondo o seu cotidiano aos olhares que se aproximam da sua órbita, e é ai que você, sujeito, sente a necessidade de ficar só, nem que seja por alguns instantes e procura um lugar calmo , seguro, que permita o você ouvir o teu silêncio que não é o mesmo meu.
O que interessa aqui, todavia, é destacar a dimensão, comoção e por que não o prazer, que envolvem o silêncio.
Mas algo me incita: como um ser, habitante do futuro irá se relacionar com esse silêncio, se cada vez menos as pessoas permitem se encontrar?
Enquanto tentava, aqui, no meu canto, assimilar o silêncio ao texto, para então concluí-lo , este perguntou-me, com um sorriso, se pela expressão que me encontrava não seria melhor deixar o silêncio falar por mim... E assim o fiz...
Manuela Marques, Lapão, 07 de abril de 2011.


sábado, 2 de abril de 2011

Distamor

Ao longo dos anos sempre ouvir as pessoas falarem a respeito de relacionamento a distância, ou por que não dizer semi-presencial, afinal o relacionamento em muitos casos não iniciam à distância, mas por ironia do destino as pessoas precisam se afastar carnalmente e , entre umas férias e outras se reencontram.Conheço muitas pessoas , digo, algumas pessoas que estão nesse tipo de relacionamento, ou por um motivo ou outro.
Além do sentimento de instabilidade emocional, causado muitas vezes pela obscuridade da saudade, tem que lidar diariamente com o ceticismo das frases/expressões ditas culturalmente: “ Isso não dar certo”; Esqueça e aproveite a vida, por essas razões, podemos falar de relacionamento a distância como transcendente a matéria, pois é ai que está o diferencial desse tipo de relacionamento, já que exige dos sujeitos envolvido um enlace de alma, de espiritualidade e é, a partir dai que podemos compreender os estereótipos demarcados, há que diga até que para uma determinada duração de tempo de namoro presencial existe um limite da distância.
Por outro lado, um relacionamento presencial tem as falsas premissas da longevidade , tudo isso, repito, por questões meramentee culturais.Não quero, dizer todavia, que
É valido, pois salientar , que relacionamentos ,e disso independe se for ou não presencial,como tudo na vida pode um dia chegar ao fim. Relacionamentos à distância, portanto, correm o risco de acabar assim como qualquer outro relacionamento tradicional. Minha preocupação aqui é a cerca das conotações que pressupõe fragilidade dos relacionamentos a distância, já que as pessoas não notam que cada dia, cada semana, cada mês ou cada ano longe da pessoa amada revitaliza o amor, tornando um relacionamento que já não era novidade em algo emocionante novamente. Cada beijo que se dá após um tempo de “separação”, por exemplo, é de certa forma um novo primeiro beijo. Focar nesses e outros aspectos positivos permite que um casal vença as “estatísticas” e supere a distância.
Para o amor existe apenas a importância de mantê-lo, qual o motivo de deixa-lo misturar com o que esta perto ou longe? Se a ideia parte do ser?
Se quem encara um relacionamento a distância é um ser irracional, deixa eu ser como tal, pois o que importa pra mim é amar...e amar...