quinta-feira, 7 de abril de 2011

Paradoxalmente conseguir ouvir o silêncio...

Em algum momento da sua vida você já parou para ouvir o silêncio?
Esse paradoxo perturba os pensamentos, e a rigor, manifesta no palno das interpretações, dúvidas.
Aprendi com o tempo que o silêncio pode ser visto como algo abstratamente concreto. Assim, proponho uma transgressão radical quanto a visão singular que se tem deste, através de um processo dinâmico que inverte estrategicamente o silêncio, através de um barulho ensurdecedor.
Diante disso, imagine, pois, a sua rotina: casa, trabalho, faculdade, filho, família e você submerso num mundo de correria onde você perverte seu silêncio impondo o seu cotidiano aos olhares que se aproximam da sua órbita, e é ai que você, sujeito, sente a necessidade de ficar só, nem que seja por alguns instantes e procura um lugar calmo , seguro, que permita o você ouvir o teu silêncio que não é o mesmo meu.
O que interessa aqui, todavia, é destacar a dimensão, comoção e por que não o prazer, que envolvem o silêncio.
Mas algo me incita: como um ser, habitante do futuro irá se relacionar com esse silêncio, se cada vez menos as pessoas permitem se encontrar?
Enquanto tentava, aqui, no meu canto, assimilar o silêncio ao texto, para então concluí-lo , este perguntou-me, com um sorriso, se pela expressão que me encontrava não seria melhor deixar o silêncio falar por mim... E assim o fiz...
Manuela Marques, Lapão, 07 de abril de 2011.


Nenhum comentário:

Postar um comentário